
O Cruzeiro (revista)
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O Cruzeiro foi a principal revista ilustrada brasileira do século XX. Fundada porCarlos Malheiro Dias, começou a ser publicada em 10 de novembro de 1928 pelos Diários Associados de Assis Chateaubriand.
Foi importante na introdução de novos meios gráficos e visuais na imprensa brasileira, citando entre suas inovações o fotojornalismo e a inauguração das duplas repórter-fotógrafo, a mais famosa sendo formada por David Nasser e Jean Manzon que, nos anos 40 e 50, fizeram reportagens de grande repercussão.
Entre seus diversos assuntos, a revista O Cruzeiro contava fatos sobre a vida dos astros de Hollywood, cinema, esportes e saúde. Ainda contava com seções decharges, política, culinária e moda.
Cobrindo o suicídio de Getúlio Vargas em agosto de 1954 a revista atingiu a impressionante tiragem de 720.000 exemplares. Até então, o máximo alcançado fora a marca dos 80.000. Daí em diante, o número se manteve.
Nos anos 60, O Cruzeiro entrou em declínio por má gestão, com o desuso de suas fórmulas e o surgimento de novas publicações, como as revistas Manchete e Fatos & Fotos. O fim da revista aconteceu em julho de 1975, com a consagração definitiva do instantâneo meio televisivo em favor dos impressos e o fim do império dos Diários Associados de Chateaubriand.
[editar]Ver também
Notas
A PRIMEIRA REVISTA
Chateaubriand e Getúlio
Assis Chateaubriand fundador dos Diários Associados
Uma das primeiras "PROPAGANDAS"
Já havia os concorrentes ... 26/11/1955
A Rede Tupi, TV Tupi ou simplesmente Tupi, foi a primeira emissora de televisão do Brasil, da América do Sul e a quarta do mundo.[1] Fundada em 18 de setembro de 1950 em São Paulo pelo paraibano Assis Chateaubriand, fez parte do Grupo Diários Associados. Em 20 de janeiro de 1951, nasceu a TV Tupi Rio, depois em 1955 a TV Itacolomi e em 1960 a TV Brasília, entre outras, que acabaram por formar a Rede Tupi de Televisão. Em 16 de julhode 1980, devido aos vários problemas administrativos e financeiros, a concessão foi cassada pelo governo brasileiro. Outras 6 emissoras que formavam a rede também sairam do ar.
Carlos Lacerda
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Carlos Lacerda | |
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Nascimento | 30 de abril de 1914 Rio de Janeiro, |
Morte | 21 de maio de 1977 (63 anos) Rio de Janeiro, Brasil |
Nacionalidade | |
Ocupação | Jornalista, político |
Influências |
Carlos Frederico Werneck de Lacerda (Rio de Janeiro, 30 de abril de 1914 – Rio de Janeiro, 21 de maio de 1977) foi um jornalista e político brasileiro. Foi membro da União Democrática Nacional (UDN), vereador (1945), deputado federal(1947–55) e governador do estado da Guanabara (1960–65). Fundador em 1949e proprietário do jornal Tribuna da Imprensa e criador, em 1965, da editora Nova Fronteira.
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[editar]Origens
Filho do político, tribuno e escritor Maurício de Lacerda (1888–1959) e de Olga Caminhoá Werneck (1892–1979), era neto paterno do ministro do Supremo Tribunal Federal Sebastião Lacerda. Pela família materna, era bisneto do botânico Joaquim Monteiro Caminhoá e descendente direto do barão do Ribeirão e de Inácio de Sousa Vernek, cuja família tinha importante influência política e econômica na região. Seus pais eram primos, descendentes em linhas afastadas de Francisco Rodrigues Alves, o primeiro sesmeiro da cidade de Vassouras. Por outro lado, embora tivesse sobrenome parecido como o do barão de Pati do Alferes, o seu sobrenome Lacerda origina-se de seu bisavô, um pobre confeiteiro português que se estabeleceu em Vassouras[1] e se casou com uma descendente de Francisco Rodrigues Alves(estes serão os pais de seu avô paterno, Sebastião Lacerda). Seu bisavô português chamava-se João Augusto Pereira de Lacerda e pertencia a uma das principais famílias da nobreza açoriana, os Lacerdas do Faial, descendentes das nobres famílias dos Pereiras, senhores da Feira e dos Lacerdas, descentes dos reis de Castela e Leão e dos de França[2].
Nasceu no Rio de Janeiro, mas foi registrado como tendo nascido em Vassouras, cidade onde seu avô residia e seu pai tinha grandes interesses políticos.[1] Recebeu o nome de Carlos Frederico como homenagem aos pensadores políticos Karl Marx e Friedrich Engels.
Ingressou em 1929 no curso de Ciências Jurídicas e Sociais da então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante seu período acadêmico, destacou-se como orador e participou ativamente do movimento estudantil de esquerda no Centro Acadêmico Cândido de Oliveira. Devido ao grande envolvimento em atividades políticas, abandonou o curso em 1932.
Tornou-se militante comunista, seguindo os passos de seu pai, Maurício de Lacerda, e do seu tio Paulo Lacerda, antigos militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Sua primeira ação contra o governo de Getúlio Vargas implantado com a revolução de 1930 deu-se em janeiro de 1931, quando planejou, junto com outros comunistas, incentivar marchas de desempregados no Rio de Janeiro e em Santos durante as quais ocorreriam ataques ao comércio. A conspiração comunista foi descoberta e desbaratada pela polícia liderada por João Batista Luzardo, o que até virou notícia no jornal estadunidense The New York Times.[carece de fontes]
Em março de 1934, leu o manifesto de lançamento oficial da Aliança Nacional Libertadora (ANL), entidade ligada ao Partido Comunista do Brasil, em uma solenidade no Rio de Janeiro à qual compareceram milhares de pessoas.
No ano seguinte publicou, com o pseudônimo de Marcos, um livreto contando a história do quilombo de Manuel Congo. Apesar do viés de propaganda comunista juvenil, o livreto resultou da primeira pesquisa histórica feita sobre um assunto que fôra quase esquecido.
Quando ocorreu o fracasso da Intentona Comunista de 1935, teve que se esconder na velha chácara da família em Comércio (atual Sebastião Lacerda, Vassouras) e ser protegido pela família influente.
Rompeu com o movimento comunista em 1939 dizendo considerar que tal doutrina "levaria a uma ditadura, pior do que as outras, porque muito mais organizada, e, portanto, muito mais difícil de derrubar". A partir de então, como político e escritor, consagrou-se como um dos maiores porta-vozes das ideologias conservadora e direitista no país, e grande adversário de Getúlio Vargas, e dos movimentos políticos trabalhista e comunista, sendo contado como um dos principais oradores da ‘Banda de música da UDN’.[3]
O anti-Getúlio
Inimigo político de Getúlio Vargas, Carlos Lacerda foi o grande coordenador da oposição à campanha de Getúlio à presidência em 1950, e durante todo o mandato constitucional do presidente, até agosto de 1954. Uniu-se a militares golpistas e aos partidos oposicionistas (principalmente a UDN) num esforço conjunto para derrubar o presidente Vargas, através de acusações que publicava em seu jornal, Tribuna da Imprensa.
Lacerda foi vítima de atentado a bala na porta do prédio onde residia, em 5 de agosto de 1954, quando voltava de uma palestra no Colégio São José, no bairro da Tijuca. No atentado morreu o major da Aeronáutica Rubens Vaz, membro de um grupo de jovens oficiais que se dispuseram a acompanhá-lo e protegê-lo das ameaças que vinha sofrendo. Atingido de raspão em um dos pés, Lacerda foi socorrido e medicado em um hospital. Lá mesmo acusou os homens do Palácio do Catete como mandantes do crime.
A pressão midiática e a comoção pública com a morte do major Rubens Vaz obrigaram o governo a instaurar um IPM para investigar o atentado. Rapidamente, os militares ligados a Lacerda fizeram do inquérito o palco perfeito para fomentar ainda mais a crise. Uma série de investigações levou à prisão dos autores do crime, que confessaram o envolvimento do chefe da guarda pessoal de Vargas, Gregório Fortunato e do irmão do presidente, Benjamim Vargas.
Getúlio Vargas
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Getúlio Vargas | |
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14º presidente do Brasil | |
Mandato | 3 de novembro de 1930 a 29 de outubro de 1945 |
Vice-presidente | nenhum |
Antecessor(a) | Junta Governativa Provisória de 1930 |
Sucessor(a) | José Linhares |
17º presidente do Brasil | |
Mandato | 31 de janeiro de 1951 a 24 de agosto de 1954 |
Vice-presidente | Café Filho |
Antecessor(a) | Gaspar Dutra |
Sucessor(a) | Café Filho |
Governador do Rio Grande do Sul | |
Mandato | 25 de janeiro de 1928 a 8 de outubro de 1930 |
Antecessor(a) | Borges de Medeiros |
Sucessor(a) | Osvaldo Aranha |
Vida | |
Nascimento | 19 de abril de 1882 São Borja, RS |
Falecimento | 24 de agosto de 1954 (72 anos) Rio de Janeiro, antigo DF |
Partido | Partido Republicano Rio-grandense (PRR)e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) |
Profissão | Advogado e político |
Assinatura | |
Getúlio Dorneles Vargas[nota 1] GCTE (São Borja, 19 de abril de 1882 —Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1954) foi um advogado e políticobrasileiro, líder civil da Revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, depondo seu 13º e último presidente Washington Luís e impedindo a posse do presidente eleito em 1 de março de 1930, Júlio Prestes.
Foi presidente do Brasil em dois períodos. O primeiro de 15 anos ininterruptos, de 1930 a 1945, e dividiu-se em 3 fases: de 1930 a 1934, como chefe do "Governo Provisório"; entre 1934 e 1937 governou o país como presidente da república do Governo Constitucional, tendo sido eleito presidente da república pela Assembleia Nacional Constituinte de 1934; e de 1937 a 1945, enquanto durou o Estado Novo[nota 2]implantado após um golpe de estado.
No segundo período, em que foi eleito por voto direto, Getúlio governou o Brasil como presidente da república, por 3 anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando se matou.
Getúlio era chamado pelos seus simpatizantes de "o pai dos pobres", frase bíblica (livro de Jó-29:16)[1] e título criado pelo seu Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP, enfatizando o fato de Getúlio ter criado muitas das leis sociais e trabalhistas brasileiras.
A sua doutrina e seu estilo político foram denominados de "getulismo" ou "varguismo". Os seus seguidores, até hoje existentes, são denominados "getulistas". As pessoas próximas o tratavam por "Doutor Getúlio", e as pessoas do povo o chamavam de "O Getúlio", e não de "Vargas".
Suicidou-se em 1954 com um tiro no coração, em seu quarto, no Palácio do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal. Getúlio Vargas foi um dos mais controvertidos políticos brasileiros do século XX. Sua influência se estende até hoje. A sua herança política é invocada por pelo menos dois partidos políticos atuais: o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Getúlio Vargas foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, em 15 de setembro de 2010, pela lei nº 12.326.[2]
Assis Chateubriand inaugura a televisão no Brasil. A televisão no Brasil foi inaugurada em 18 de setembro de 1950, trazida por Assis Chateaubriand que fundou o primeiro canal de televisão no país, a TV Tupi em São Paulo e em 20 de janeiro de 1951, entra no ar a TV Tupi no Rio.

Jânio da Silva Quadros[nota 1] (Campo Grande, 25 de janeiro de 1917 — São Paulo, 16 de fevereiro de 1992) foi um político e o vigésimo segundo presidente do Brasil, entre 31 de janeiro de 1961 e 25 de agosto de 1961 — data em que renunciou. Em 1985 elegeu-se prefeito de São Paulo pelo PTB. Foi o único sul-mato-grossense presidente do Brasil.

Jânio condecorou, no dia 19 de agosto de 1961, com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul[3][4] Ernesto Che Guevara, o guerrilheiro argentino que fora um dos líderes da revolução cubana - e era ministro daquele país - em agradecimento por Guevara ter atendido a seu apelo e libertado mais de vinte sacerdotes presos em Cuba, que estavam condenados ao fuzilamento, exilando-os na Espanha. Jânio fez esse pedido de clemência a Guevara por solicitação de dom Armando Lombardi,Núncio apostólico no Brasil, que o solicitou em nome do Vaticano. A outorga da condecoração foi aprovada no Conselho da Ordem por unanimidade, inclusive pelos três ministros militares.[5] As possíveis consequências desse ato foram mal calculadas por Jânio. Sua repercussão foi a pior possível e os problemas já começaram na véspera, com a insubordinação da oficialidade do Batalhão de Guarda que, amotinada, se recusava a acatar as ordens de formar as tropas defronte ao Palácio do Planalto, para a execução dos hinos nacionais dos dois países e a revista. Só a poucas horas da cerimônia, já na manhã do dia 19, conseguiram os oficiais superiores convencer os comandantes da guarda a se enquadrar.[3] A oposição aproveitou-se desse mero ato de cortesia, feita a um governante que havia prestado um favor ao Brasil, para transformá-lo em tempestade num copo d'água.

Na imprensa e no Congresso começaram a surgir violentos protestos contra a condecoração de Guevara. Alguns militares ameaçaram devolver suas condecorações em sinal de protesto. Em represália ao que foi descrito como um apoio de Jânio ao regime ditatorial de Fidel, nesse mesmo dia, Carlos Lacerda entregou a chave do Estado da Guanabara ao líder anticastrista Manuel Verona, diretor da Frente Revolucionária Democrática Cubana, que se encontrava viajando pelo Brasil em busca de apoio à sua causa.

Jânio Quadros
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Jânio da Silva Quadros[nota 1] (Campo Grande, 25 de janeiro de 1917 — São Paulo, 16 de fevereiro de 1992) foi um político e o vigésimo segundo presidente do Brasil, entre 31 de janeiro de 1961 e 25 de agosto de 1961 — data em que renunciou. Em 1985 elegeu-se prefeito de São Paulo pelo PTB. Foi o único sul-mato-grossense presidente do Brasil.
Jânio condecorou, no dia 19 de agosto de 1961, com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul[3][4] Ernesto Che Guevara, o guerrilheiro argentino que fora um dos líderes da revolução cubana - e era ministro daquele país - em agradecimento por Guevara ter atendido a seu apelo e libertado mais de vinte sacerdotes presos em Cuba, que estavam condenados ao fuzilamento, exilando-os na Espanha. Jânio fez esse pedido de clemência a Guevara por solicitação de dom Armando Lombardi,Núncio apostólico no Brasil, que o solicitou em nome do Vaticano. A outorga da condecoração foi aprovada no Conselho da Ordem por unanimidade, inclusive pelos três ministros militares.[5] As possíveis consequências desse ato foram mal calculadas por Jânio. Sua repercussão foi a pior possível e os problemas já começaram na véspera, com a insubordinação da oficialidade do Batalhão de Guarda que, amotinada, se recusava a acatar as ordens de formar as tropas defronte ao Palácio do Planalto, para a execução dos hinos nacionais dos dois países e a revista. Só a poucas horas da cerimônia, já na manhã do dia 19, conseguiram os oficiais superiores convencer os comandantes da guarda a se enquadrar.[3] A oposição aproveitou-se desse mero ato de cortesia, feita a um governante que havia prestado um favor ao Brasil, para transformá-lo em tempestade num copo d'água.
Na imprensa e no Congresso começaram a surgir violentos protestos contra a condecoração de Guevara. Alguns militares ameaçaram devolver suas condecorações em sinal de protesto. Em represália ao que foi descrito como um apoio de Jânio ao regime ditatorial de Fidel, nesse mesmo dia, Carlos Lacerda entregou a chave do Estado da Guanabara ao líder anticastrista Manuel Verona, diretor da Frente Revolucionária Democrática Cubana, que se encontrava viajando pelo Brasil em busca de apoio à sua causa.
Carta Renúncia de Jânio Quadros
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A carta renúncia de Jânio Quadros foi divulgada no dia 25 de agosto de 1961. Muitos dizem que a renúncia de Jânio foi a tentativa fracassada de um autogolpe. O ex-presidente confessou, em 1992, que a renúncia foi apenas um blefe.
[editar]A carta-renúncia
- "Fui vencido pela reação e assim deixo o governo. Nestes sete meses cumpri o meu dever. Tenho-o cumprido dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções, nem rancores. Mas baldaram-se os meus esforços para conduzir esta nação, que pelo caminho de sua verdadeira libertação política e econômica, a única que possibilitaria o progresso efetivo e a justiça social, a que tem direito o seu generoso povo.
- "Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou de indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa de colaboração.
- "Se permanecesse, não manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo que não manteria a própria paz pública.
- "Encerro, assim, com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes, para os operários, para a grande família do Brasil, esta página da minha vida e da vida nacional. A mim não falta a coragem da renúncia.
- "Saio com um agradecimento e um apelo. O agradecimento é aos companheiros que comigo lutaram e me sustentaram dentro e fora do governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exemplar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade. O apelo é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e da estima de cada um dos meus patrícios, para todos e de todos para cada um.
- "Somente assim seremos dignos deste país e do mundo. Somente assim seremos dignos de nossa herança e da nossa predestinação cristã. Retorno agora ao meu trabalho de advogado e professor. Trabalharemos todos. Há muitas formas de servir nossa pátria."
- Brasília, 25 de agosto de 1961.
- Jânio Quadros"

O Amigo da Onça
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O Amigo da Onça é um personagem criado por Péricles de Andrade Maranhão (14 de agosto de 1924 - 31 de dezembro de1961) e publicado em uma charge pela primeira vez na revista O Cruzeiro em 23 de outubro de 1943.
Satírico, irônico e crítico de costumes, o Amigo da Onça aparece em diversas ocasiões desmascarando seus interlocutores ou colocando-os nas mais embaraçosas situações.
Na década de 1990, teve estrelou 420 tiras, José Alberto Lovetro) (roteiros) e Sergio Morettini (desenhos)[1]. Em 2011, o Estúdio Saci elaborou um projeto de uma série de curtas de animação 3D[2]
Índice[esconder] |
[editar]A criação
O famoso personagem foi criado pelo cartunista pernambucano Péricles de Andrade Maranhão, em 1943, e publicado de 23 de outubro de 1943 a 3 de fevereiro de 1962. Os diretores da revista O Cruzeiro queriam criar um personagem fixo e já tinham até o nome, adaptado de uma famosa anedota.
“ | Dois caçadores conversam em seu acampamento:
— O que você faria se estivesse agora na selva e uma onça aparecesse na sua frente?
— Ora, dava um tiro nela.
— Mas se você não tivesse nenhuma arma de fogo?
— Bom, então eu matava ela com meu facão.
— E se você estivesse sem o facão?
— Apanhava um pedaço de pau.
— E se não tivesse nenhum pedaço de pau?
— Subiria na árvore mais próxima!
— E se não tivesse nenhuma árvore?
— Sairia correndo.
— E se você estivesse paralisado pelo medo?
Então, o outro, já irritado, retruca:
— Mas, afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?
| ” |
Após a morte do autor, em 1962, o personagem continuou sendo publicado, desenhado pelo ilustrador Getulio Delphim[3][4](durante dois anos) - amigo e parceiro de Péricles na produção de outro personagem (Oliveira Trapalhão e Laurindo Capoeira) que não chegou a ser lançado devido à morte de Péricles. Péricles era muito ciumento com seu personagem, por isso Getúlio assinava "Equipe do Cruzeiro". Após esses dois anos, o cartunista Carlos Estevão desenhou o personagem até 1972.[5]
[editar]Expressão popular
DESIGNICES
Um dos primeiros contatos que tive com a linguagem de HQs foi com certeza O Amigo da Onça (o outro foi nas revistas do Fantasma), num livro que meu pai comprou nos anos 1970 e que me explicava as piadas sarcásticas, desnecessariamente sacanas e politicamente incorretas do personagem do cartunista Péricles, que saíam na revista O Cruzeiro e faziam o maior sucesso. Mais algumas das charges do malandro carioca:
Todas as imagens das charges foram fotografadas da edição especial Nostálgica do Cruzeiro de O Amigo da Onça:
Pra quem quer saber um pouquinho mais…
Péricles (Péricles de Andrade Maranhão) nasceu em Recife em 1924 e muito novo, aos 17, foi tentar se aventurar desenhando profissionalmente. Deixou sua cidade e foi para o Rio de Janeiro. Participou das revistas O Guri com seu personagem “Oliveira, o Trapalhão“. Na revista A Cigarra desenhava os quadros “Cenas Cariocas“, “Miriato, o Gostosão” e o próprio “Oliveira“. Mas nenhum desses chegou próximo do sucesso que fez O Amigo Da Onça, que foram desenhados (pelo seu criador) de 1943 até 1961 na revista O Cruzeiro e eram, segundo as pesquisas, a seção mais lida e adorada de todas. Crianças, adultos e idosos se divertiam com o personagem que foi encomendado para expressar na época a essência cotidiana do Rio de Janeiro para todo mundo, inclusive que não morasse lá. Péricles se suicidou em 1961, no último dia do ano, se trancou em casa e deixou o gás ligado. Infelizmente não tem quase nada publicado sobre o ilustrador. Editoras, cadê vocês nessa hora?
E você, lia algo diferente do convencional quando era criança?
